terça-feira, 25 de outubro de 2011

Da Fantasia


1- Introdução
Antes do desenvolvimento da Fuga, existiam diversos procedimentos imitativos que seguiam a uma forma livre. Tais eram o “Tiento”, “Ricercare”, “Capricho”, “Fantasia” e “Moteto”.[1] A medida que o Ricercare e o Moteto foram dando origem a Fuga com sua forma bem definida, as outras formas passaram a ter procedimentos formais distintos da Fuga.

2- Definição
Segundo Giulio Bas, a Fantasia é uma composição que não segue nenhuma das formas tradicionais. [2] Mas isso não significa, explica o autor, que seja desprovida de toda a forma. É apenas uma forma livre.
É muito utilizada na prática de improvisação, aonde os temas se alternam numa forma não-prevista pelo improvisador.

3- Prática
A construção de uma fantasia exige um domínio grande das formas musicais, pois embora seja uma forma livre, é necessário o equilíbrio e o contraste entre os temas, andamentos e tempos. É comum a recorrência ao(s) temas principais no decorrer da peça com a finalidade de prover unidade e a alternância de temperamento na peça.
Ainda, a Fantasia pode ter duas funções distintas:
  • Caráter Independente: Quando se desenvolve por si só.
  • Caráter preparatório: Quando introduz uma outra peça, como a Fantasia e Fuga de Bach.
4- Exemplo de Fantasia Baseada na Forma Rondò











Obs.: Exemplo dado por M. Ficarelli em sua aula particular em 22/10/2011.

5- Exemplos Musicais

J. S. Bach – Fantasia em Sol menor para Órgão BWV 542


 W. A. Mozart – Fantasia em Dó menor para Piano K 475



F. Schubert - Wanderer Fantasia em Dó Maior op 15


 F. Chopin – Fantasia para piano em Fá maior op 49



6- Bibliografia:
[1] Zamacóis, Joaquin – Curso de Formas Musicales; pág 58, § 54.
[2] Bas, Giulio – Tratado de la Forma Musical; pág 325, § 214

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