domingo, 27 de julho de 2014

Como se tornar um músico mais inteligente

1- Introdução
Ano passado tive a oportunidade de assistir diversas palestras sobre desenvolvimento pessoal. Além disso, li alguns livros sobre o assunto e pude perceber que boa parte do problema dos meus alunos não são problemas musicais propriamente, mas sim problemas do tipo pessoal.

Um interessante e fácil livro sobre aprendizado é o escrito pelo professor Pierluiggi Piazzi. Apesar de ser formado em física, o fato de ser professor fez com que este homem pesquisasse sobre a inteligência, o que o motivou a escrever este livro chamado "Aprendendo Inteligência".

Confesso que não concordo com muitas posições do livro no seu sentido psicológico e filosófico, apesar disso, suas colocações são bastante pertinentes. Um ligeira adaptação me permitiu transformar o conteúdo numa espécie de "Aprendendo Inteligência Musical", já que o conteúdo é abrangente e pode ser aplicado em qualquer disciplina. Por outro lado, é preciso salientar que cada disciplina possui suas peculiaridades e por isso, estas questões não foram abordadas no livro e nem por mim neste artigo.

2- Os Cinco Passos
Piazzi no final do livro dá 5 passos para se tornar mais inteligente. Adaptei tais passos, se me permitem, ao contexto musical.


  1. Acreditar
    Obviamente quem não acredita ser possível aprender música, jamais aprenderá. Conforme já disse o famoso H. Ford, "se eu disser que não conseguirei ou se eu disser que conseguirei, em ambos os casos estarei certo".
  2. Evitar a Burrice
    Embora perplexa essa afirmação, muitos de nós não abandonamos práticas que nos emburrecem. Piazzi cita como exemplo o uso de drogas que afetam drasticamente a capacidade de raciocínio a longo e a curto prazo. Logo em seguida, faz uma comparação entre uso de eletroeletrônicos e uso de maconha. Afirma ele que a queda do QI pelos usuários de maconha é inferior aos usuários de eletroeletrônicos. 
  3. Estudar Pouco
    Aqui é o centro de toda a tese do livro. Devemos estudar entre 35 e 45 minutos, já que fisiologicamente não somos capazes de aprender após um período longo de estudos. O ideal é que se faça uma pausa de cerca de 15 minutos para retornar ao estudo. Piazzi acrescenta ainda que a pausa do sono é importante para o aprendizado e que por isso devemos estudar diariamente a fim de aproveitarmos dos sonos diários para aprender.
  4. Procurar Desafios
    Um estudante deve sempre buscar resolver problemas mais complicados. Isso estimula o intelecto a se desenvolver de modo análogo ao processo de treinamento de força: Tenta-se fadigar o músculo para fortalecê-lo após a sua recuperação.
  5. Ler Muito
    Muitas vezes a capacidade de contextualizar o conteúdo na inteligência necessita de uma compreensão mais vasta daquele assunto. Aliás, a leitura excita a imaginação, que é um elemento chave para o desenvolvimento da inteligência.
3- Conclusão
Espero que após essa dica, estejam vocês mais aptos a desenvolverem-se musical e pessoalmente. 
Quem quiser adquirir o livro, pode encontrá-lo no link abaixo, que contém um trecho do primeiro capítulo:

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Aprimoramento Musical


Muitas vezes não sabemos como melhorar nossa capacidade musical. Sabemos também que tocar uma peça é mais do que dedilhar notas nos lugares certos. É antes de tudo um meio de expressar ideias adequadamente. Apesar disso, as peças envolvem conceitos que muitas vezes são ocultados pelo instrumentista, o que torna sua interpretação e execução superficiais.

É por isso que os elementos fundamentais da música devem estar profundamente enraizados na execução e compreensão de toda peça musical. São eles a harmonia, melodia e ritmo.

Estudar a questão melódica da peça consiste em saber entoá-la, isto é, solfejar. Se não temos a noção melódica mentalmente, tampouco a teremos na execução. E o melhor meio de interiorizar a melodia é solfejá-la, de preferência inúmeras vezes.

Quanto a questão harmônica, é preciso estudar harmonia. Saber qual a finalidade de cada acorde naquela música e entender porque o compositor tomou aquela decisão. Além disso, é preciso considerar que existem as composições contrapontísticas, de modo que a compreensão do contraponto e de seus recursos é imprescindível para sua execução.

Por fim, deve-se estudar o ritmo isoladamente, compreender o movimento dos sons sem considerá-los. Pois afinal, a música é o ritmo do sons (Platão). Todavia, o ritmo das música como tocamos hoje está atrelado à ideia de compasso, por isso se faz mister a prática da contagem dos compassos em voz alta durante a execução.

Também é comum que se estude as mão separadamente no caso do piano. Se você pratica um instrumento melódico, pode solfejar ou contar enquanto toca sua peça, tornando a execução muito mais consciente.

Neste vídeo abaixo, tento abordar o assunto adequadamente