terça-feira, 18 de março de 2014

Exercícios de Harmonia

Para quem gosta de realizar exercícios de harmonia, aqui vão alguns exemplos. Todos eles foram realizados com baixos dados e cifrados do manual de harmonia do Paulo Silva. Quem quiser ouvir, mande-me um e-mail e eu disponibilizarei o áudio.











domingo, 16 de março de 2014

12 livros de contraponto para se ler

Existe uma infinidade de livros sobre contraponto no mercado. Aqui listarei os livros que tive acesso, com pequenos comentários.

1- Manual de Contraponto - José Paulo Silva
Um dos primeiros livros a que tive acesso. O livro é bem didático e é vasto nos assuntos. Apesar disso, não segue a ordem proposta por Fux de começar pelo contraponto a duas vozes. Por isso exige o conhecimento prévio de harmonia e depois de estudar contrapontos até 8 vozes, mostra como fazer contrapontos a duas vozes.

2- Contraponto Modal - Any Raquel Carvalho

Um livro extremamente didático que aborda unicamente o contraponto modal a duas vozes e é rico em exemplos da literatura. A professora Any Raquel Carvalho é especialista em música brasileira para órgão e música antiga em geral.












3- Contraponto Tonal e Fuga - Any Raquel Carvalho

Escrito como continuação ao livro de contraponto modal, o livro vai um pouco mais além, abordando invenções a duas vozes e pequenas fugas no estilo barroco. Além disso, fala sobre contraponto a 3 vozes.













4- Contraponto Modal do século XVI - Koellreutter

O maestro alemão erradicado no Brasil participou da formação de diversos músicos influentes da música brasileira, incluindo o famoso Tom Jobim. Nesta obra, ele aborda resumidamente como proceder para estudar contraponto modal no estilo de Palestina, que é um estilo menos flexível e com regras mais duras. 











5- Contraponto: uma arte de compor - Lívio Tragtenberg

O professor Tragtenberg tenta fazer neste trabalho um tratado que vai um pouco além das regras de contraponto através de comentários artísticos no procedimento. Sua abordagem não é trivial e não recomendada para iniciantes.








6- Exercícios Preliminares em Contraponto - Arnold Schönberg


O pai do serialismo é também um especialista em crítica histórica da música. O seu livro de contraponto não foi finalizado devido a morte do compositor. Contudo um aluno seu organizou seus manuscritos, resultando nessa obra famosa. O nome sugere que Schönberg provavelmente pensava em escrever uma obra em sequência, que abordasse outras questões contrapontísticas, inclusive a fuga. O autor realiza diversos contrapontos sobre um mesmo canto dado, esgotando quase que matematicamente todas as possibilidades de realização. Apesar disso, devido ao forte enredo histórico e crítico, pode confundir músicos iniciantes.  A abordagem é direcionada a música tonal.


7- Counterpoint - Heinrich Schenker

Schenker foi um dos grandes críticos musicais do século XX. Seu livro, cheio de comentários ácidos tenta dar explicações às razões das regras contrapontísticas. Apesar disso, o leitor tem a impressão de que as razões não são muito convincentes, devido ao caráter subjetivo da explicação. Como Schönberg, o autor se fundamenta no contraponto tonal.







8- Gradus ad Parnassum - J. F. Fux

No século XVIII ainda era comum a influência clássica nos escritores. Por isso, o mestre alemão J. Fux escreve um livro na forma de diálogo, em que o discípulo aprende do seu mestre as principais regras de contraponto. O livro representa um marco histórico, pois foi Fux quem primeiro divide o contraponto em 5 espécies. Por isso sabe-se que a divisão em cinco espécies é apenas didática, ignorada por outros professores com métodos diferentes. Pode ser consultado mais como fonte musicológica do que com finalidade de aprendizado. Contudo, seus exemplos de contraponto são excelentes, todos fundamentos no estilo de Palestrina, segundo o autor.




9- Le Istitutioni Harmoniche - M. G. Zarlino

Para quem gosta de consultar as fontes históricas, o manual de Zarlino é muito utilizado. A primeira parte do livro se dedica a questões filosóficas e estéticas da música, algo que era muito comum na época. Além disso, é muito estudado por compositores que desejam aprender o estilo renascentista de música. Sem dúvida uma fonte rica de informações.











10- Counterpoint - The Polyphonic Vocal Style of Sixteenth Century - Knud Jepesen

Este livro completo e didático, aborda detalhadamente o estilo contrapontístico de Palestrina e é escrito por um dos maiores musicólogos do século XX. Apesar disso, contém muitas informações que não são bem processadas por iniciantes. Contudo, o músico experiente irá se deliciar com a sorte de detalhes técnicos.










11 - Modal Counterpoint - Peter Schubert

Um livro altamente didático que será bem aproveitado tanto por professores, quanto por estudantes que queiram se aprofundar no contraponto modal, estilo renascentista.










12- Contrapunto - Diether de la Motte

A autor faz uma comparação histórica dos diversos estilos de composição contrapontística ao longo dos séculos, passando por Desprez, Palestrina, Bach, Beethoven e até Schönberg. Um livro útil para se compreender a evolução histórica do contraponto e sua essência geral, independente do estilo.












Qual livro escolher?
Se você está procurando por livros, provavelmente sabe pouco sobre contraponto. Por isso recomendo fortemente os livros da professora Any Raquel, que além de serem simples, contém uma série de exemplos que podem ser executados.
Porém, se já possui um conhecimento médio, acredito que o livro do P. Schubert é uma boa pedida.
Já os livros do Schönberg, de la Motte e Schenker são mais voltados a músicos mais experientes, devido ao grande número de referências históricas e conceitos complicados.
Apesar disso, nenhum livro substitui a aula de um professor gabaritado para isso.
Bom proveito!!!

domingo, 9 de março de 2014

Instrumentos Estranhos - Serpentão

O serpentão é um instrumento de sopro originário da França. Surgiu por  volta do século XVI como uma variação do cornetto com a finalidade de reforçar as melodias religiosas na igreja católica.

Do mesmo modo que a trompa atual, o formato desse instrumento permitiu o posicionamento de um grande tubo nos braços do instrumentista. Porém, a trompa possui o formato de um tubo enrolado, enquanto o serpentão possui o formato de uma serpente ondulada.

Com o avanço da música de câmara e deterioramento da música religiosa, o serpentão começou a ser utilizado em formações musicais profanas até o século XIX. Inclusive foi utilizado na instrumentação da sinfonia fantástica de Berlioz.

Também foi muito utilizado em bandas de música. A
pesar disso, seu uso começou a decair com o aparecimento da tuba e do contrabaixo, que ofereciam mais flexibilidade e clareza nas execuções.

Fonte:
http://it.wikipedia.org/wiki/Serpentone_%28strumento_musicale%29