1-
Introdução
Antes do
desenvolvimento da Fuga, existiam diversos procedimentos imitativos
que seguiam a uma forma livre. Tais eram o “Tiento”, “Ricercare”,
“Capricho”, “Fantasia” e “Moteto”.[1] A medida que o
Ricercare e o Moteto foram dando origem a Fuga com sua forma bem
definida, as outras formas passaram a ter procedimentos formais
distintos da Fuga.
2-
Definição
Segundo Giulio
Bas, a Fantasia é uma
composição que não segue nenhuma das formas tradicionais. [2] Mas
isso não significa, explica o autor, que seja desprovida de toda a
forma. É apenas uma forma livre.
É muito utilizada na prática de improvisação, aonde
os temas se alternam numa forma não-prevista pelo improvisador.
3-
Prática
A
construção de uma fantasia exige um domínio grande das formas
musicais, pois embora seja uma forma livre, é necessário o
equilíbrio e o contraste entre os temas, andamentos e tempos. É
comum a recorrência ao(s) temas principais no decorrer da peça com
a finalidade de prover unidade e a alternância de temperamento na
peça.
Ainda,
a Fantasia pode ter duas funções distintas:
- Caráter Independente: Quando se desenvolve por si só.
- Caráter preparatório: Quando introduz uma outra peça, como a Fantasia e Fuga de Bach.
4-
Exemplo de Fantasia Baseada na Forma Rondò
Obs.: Exemplo dado por M. Ficarelli em sua aula particular em 22/10/2011.
5-
Exemplos Musicais
J. S. Bach –
Fantasia em Sol menor para Órgão BWV 542
W. A. Mozart – Fantasia em Dó menor para Piano K 475
F. Schubert - Wanderer Fantasia em Dó Maior op 15
F. Chopin – Fantasia para piano em Fá maior op 49
6- Bibliografia:
[1] Zamacóis, Joaquin – Curso de Formas Musicales;
pág 58, § 54.
[2] Bas, Giulio – Tratado de la Forma Musical; pág
325, § 214
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